''MEU SER VIVE NA NOITE E NO DESEJO. MINHA ALMA É UMA LEMBRANÇA QUE HÁ EM MIM''

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

The Beats - A Graphic History

A obra retrata a vida dos escritores que fizeram parte da geração beatnik, movimento cultural surgido nos anos 1940 e 1950 que revolucionou a literatura mundial. Além de Pekar, vários outros roteiristas e ilustradores colaboraram para a obra, como a escritora Trina Robbins e os desenhistas Peter Kuper e Ed Piskor.

“The Beats”, que já estava sendo negociado pela Saraiva, ainda não tem previsão de lançamento, mas deve chegar às livrarias ainda neste semestre.




Imaginam minha reação ao ver esse livro?? Já encomendei e conto os dias para tê-lo em meus braços...

35 anos do assassinato de Vladimir Herzog

sábado, 23 de outubro de 2010

Só Dez Por Cento


Só Dez Por Cento é Mentira é um original mergulho cinematográfico na biografia inventada e nos versos fantásticos do poeta sulmatogrossense Manoel de Barros.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Constante Mente

Quero poder me entregar
sem medo de errar
quero viver com você
sem me arrepender
quero uma vida tranquila
com muito amor e família
quero deitar no seu peito
com fidelidade e respeito
quero sentir sua boca
naquele movimento me deixando louca

Me envolva em sua vida
sem me deixar ferida
me ame intensamente
que eu te amarei constantemente.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mantenho

amando
amor
viver
sentir
pirar
tocar
caso
acaso
um beijo
um manto
o quente
o encanto

te amo
me ama
te elevo
dentro
de mim!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

Elifas Andreato - A Cores da Resistência

Na música, foram mais de 350 capas de discos, boa parte transformada em objetos de arte. No cinema, filmes nacionais ganharam destaque com seu traço no cartaz. Na literatura, traduziu em ilustrações a prosa densa e inquieta de Clarice Lispector e Murilo Rubião. E, no teatro, um de seus trabalhos mais expressivos, o cartaz da peça Mortos Sem Sepultura, foi apreendido pela Polícia Federal em 1977. Apesar de preferir a alcunha de artesão, Elifas Andreato é um dos mais importantes artistas gráficos do país.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

"O erotismo é uma das bases do conhecimento de nós próprios, tão indispensável como a poesia''

Tira-Gosto de Poeta

Tira-Gosto de Poeta from Danielle Vaz on Vimeo.


Tendo como cenário as dificuldades impostas pela Ditadura e a necessidade de se construir uma identidade local, o documentário resgata a atuação da geração do mimeógrafo em Brasília durante a década de 7O e início dos anos 80. Essa reconstituição foi feita, primordialmente, a partir da captação de materiais de arquivo e de entrevistas realizadas com oito personagens atuantes da poesia marginal brasiliense, acadêmicos e agitadores culturais: Nicolas Behr, Luís Turiba, Luiz Martins, Chacal, José Jorge de Almeida (meu pai) , Paulo José da Cunha, Ivan Presença, e por fim, Joanyr de Oliveira, ex-presidente da Associação Nacional de Escritores.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sossegue coração

sossegue coração
ainda não é agora
a confusão prossegue
sonhos afora

calma calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa

P. Leminski

Poemas de saliva

Deslizo poemas de saliva
No rascunho da tua pele
Rimas profanas, estrofes abissais
O sentido profundo de um verso
Fala a língua dos teus gestos
Em convulsões gramaticais

Poemas recatados na tua pele sem pecado
Poemas de navalha no teu corpo sem perdão
A figura de linguagem do desejo
Fala a língua do meu beijo
Sem tradução

Ricardo Kelmer

Pecado mortal


Poemas eróticos são maliciosos

sensuais e deliciosamente perigosos....
tal como assistir a filmes pornográficos
para acordar monstro hibernando...

Fico a pensar o que busco em ti
enquanto rabisco desejos,
anunciando anseios
ao invés de lascar-te um beijo
e entregar – aos teus carinhos –
meus seios.

Sem rimas fáceis, sem situações previsíveis.
Numa intensa crise corre,
irresistível, meu frisson por ti
incontrolável fúria à tua procura
horas a fio, preenchendo meus
pensamentos...

Meu amor um momento!
Isso é loucura?
Paixão?
Paranóia?
Que situação!
Que confusão de sentimentos...


Neste instante,
essas partículas minúsculas,
tornam-se uníssonas.
Transformam-se num conjunto
em busca de delícias
da mais pura e gostosa malícia.

De corpo furacão, de mulher ebulição,
de um ser fragmentado em inúmeras personas:
Uma Eva expulsa do paraíso
A agregada mais bonita da Senzala
Uma cortesã em homenagem a cidadão ateniense
Um anjo lascivo, um demônio bandido
Uma princesa enclausurada em torreão
Uma Galla sem Dali

A cometer crimes, a purgar sacrilégios
a pregar teu credo
A sofrer em segredo, este mais cruel degredo
que é estar longe de ti...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ce n’est pas une pipe: quando as obviedades deixam de serem óbvias.

Pra mim, a maior invenção do homem não foi a roda ou o fogo, mas a sociedade. Sociedade não nesse sentido redutível a grupos de pessoas, embora não deixe de ser condição essencial, e sim como uma complexa rede de estratificações hierarquizantes no qual se criam, formulam, formam esse todo coeso. Entendo que o homem busca a vida em sociedade para fugir de certas questões que em coletividades se tornam “inquestionáveis”, pois encontram aderências suficientes de pessoas que compartilham das mesmas idéias e instituições que apaziguam certas dúvidas hiperbólicas. É, é isso mesmo caros leitores, (faço minhas as palavras de Humberto, será que temos caros leitores? Enfim...) a sociedade como função ontológica, e não como um corpo cooperador, solidário de indivíduos que ao estabelecerem relações sociais, se beneficiam mutuamente. Esperem um pouco, pois também concordo com esta última assertiva. As contrariedades são propositais, vejamos se consigo me expressar melhor em ilustrações.

Um cientista social entende que as instituições sociais proporcionam aos indivíduos "o porquê" deles existirem, e, portanto, tornarem a existência justificável. Até certo ponto, compreendo que o papel do cientista social é entender os exageros (opressões) que essas instituições submetem à maioria desses indivíduos através das ideologias e, desse ponto de vista, se constitui num desregulamento das instituições. Exemplo polêmico: a religião é muito importante para a vida em sociedade, mas o domínio de uma religião sobre outras, ou o predomínio em determinadas áreas que tendem a prevalecer a vontade unilateral da religião dominante já se torna agravante que põe em xeque uma saudável estabilidade social. É claro, esse papel do cientista social também estão voltados para o campo da política, aspectos culturais e etc, que devem se estudados, analisados e denunciados no tom que Bourdieu apregoava, como um esporte de combate.

Em linhas gerais, lutamos pela Sociedade Igualitária, que o bem e o bom sejam de alcance de todos, e distribuídos a todos. Contudo, às vezes penso que fazemos um papel antinômico, pois, ao mesmo tempo que lutamos em prol da Sociedade, a iludimos, pois tudo não passa de artificialidades, e me reporto novamente a minha primeira frase do texto, quando dizia que a sociedade é a maior invenção do homem porque é um constructo tão bem acimentado, tão bem formulado, que até mesmo grande parte dos intelectuais dessa área se entregam a essa reificação. O trabalho, a vida em família, dentre outras coisas, são tão arraigadas à nossa personalidade social que as obviedades deixam de ser óbvias, ou como diria um artista françês: Ce n’est pas une pipe! (Isto não é um cachimbo)